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Notícias

Smart é arriscar

Situado na cidade do Funchal, o Smart é um espaço de referência na área da cafetaria e restauração, mas também na venda de jornais, revistas e afins, que tem as portas abertas há 50 anos.

 

A visão estratégica de Rui Caires, atual proprietário e filho do fundador do negócio, levou-o a investir no espaço em plena pandemia e o resultado é o que se vê: um Smart renovado e agradável, agora também com uma pequena esplanada, onde se cumprem todas as normas de segurança atualmente exigidas e onde se procura, acima de tudo, servir bem os clientes de sempre, mas também conquistar novos.

 

“Nós aproveitamos esta ocasião realmente terrível para dar um safanão à situação. Em vez de baixarmos os braços, resolvemos remodelar todo o espaço”, explica-nos Rui Caires, para logo lembrar que “vivemos três meses muito difíceis”, referindo-se ao período em que a loja esteve fechada.

 

Apesar de ficar situado numa zona com muitos jovens, que representam “60% da nossa clientela”, a parte de tabacaria do Smart continua a ser procurada essencialmente por pessoas de meia-idade, que, tal como Rui Caires, ainda não se deixaram convencer completamente pelas notícias online e continuam a preferir as leituras em papel. São também esses clientes que residem ou trabalham nas imediações, que mais procuram os jogos de sorte, que têm grande saída. A explicação para esta procura é simples: “Acho que as pessoas, cada vez mais, querem um prémio imediato. Querem dinheiro na ocasião.”

 

Apesar das incertezas que o futuro reserva, o empresário está satisfeito com a aposta feita. Agora é procurar que a mesma dê lugar ao retorno do investimento.

 

É um facto que tal não se avizinha, pelo menos para já, muito fácil. Mas há que manter a esperança e continuar a trabalhar, entre as 7 e as 21 horas, para garantir os atuais postos de trabalho. “Se fosse para baixar os braços não tínhamos feito as remodelações. Acho que nós temos de dar também uma ideia diferente e positiva às coisas. O que não podemos é ver os nossos negócios fechar as portas”, conclui.

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